quarta-feira, 21 de abril de 2010

- texto #01

Ela acreditava em sonhos, sempre acreditou, sempre lhe diziam que sonhar era necessário para que seus desejos se tornassem necessários, sonhar era o primeiro passo para que seus desejos se realizassem – Ela tinha um pouco mais que 16. Quase 17 pra ser bem sincero, era decidida, pé no chão. Tinha certeza do seu futuro. Trabalhava pra que ele fosse real, e não apenas um sonho. Eis que lhe aparece seu primeiro amor. Seus sonhos que se tornavam quase sempre realidade, passaram a ser quase todos ilusão. Se apaixonou perdidamente. Seu futuro, que ela sempre idealizou, e nunca deixava de sonhar, abandonou. Passou a idealizar seu futuro, mais ao lado do cara que ela imaginava ser perfeito. Menina ingênua, acreditava em príncipes encantados. Então, em meio a tantos sonhos idealizados e realizados, veio a primeira desilusão, a amorosa, - a que eu, caro leitor, acredito que seja a pior das desilusões, - A menina de quase 17, sofreu, deixou de sonhar, deixou de acreditar em sonhos, e no amor, no primeiro obstáculo que lhe apareceu, ela parou de sonhar na primeira pedra que lhe colocaram no caminho. Mais como tudo nessa vida é uma questão de tempo, ela curou a dor, curou o sofrimento do seu primeiro amor não correspondido, primeiro amor platônico, o primeiro amor que a gente, por mais que queira nunca esquece. Seguiu sua vida, a menina de quase 17, agora tinha 17, nesse período, encontrou algumas outras pequenas pedras no caminho, e aquela pedra que ela conseguiu passar por cima, lhe deu habilidade para cruzar outras pedras encontradas no caminho, algumas delas até maiores que a primeira pedra cruzada, mais a habilidade e a experiência adquirida na primeira pedra atravessada fez com que ela não notasse o tamanho dos problemas que ela veio a enfrentar. Eis que um dia, antes do nascer do sol, ela olha pra trás, olha ao seu caminho percorrido, vê o quão longe ela chegou, percebe que cruzou pedras muito maiores que a primeira, com isso lembra que precisou também, levantar algumas pedras, e levar essas nas costas por algum tempo. Compara o tamanho das primeiras pedras carregadas para a ultima pedra recém ultrapassada, conclui: ‘Tudo nessa vida, por mais difícil que seja, por mais ‘ruim’ que seja, vem para o bem. Nada é a toa, nada é em vão. De cada coisa supostamente ruim devemos tirar um ensinamento bom para que consigamos passar por cima dessa pedra. Haverá sempre um novo dia, um novo sol, uma nova oportunidade, e por mais que custe a acreditar, haverá sempre um novo amor’

2 comentários:

Eveline Andrade disse...

Que texto lindo, amiga! *------*
"e por mais que custe a acreditar, haverá sempre um novo amor."
Mais e mais inspirações doces.

te amo :*

Bentinho disse...

muito bom muito bom !

"Nada é a toa, nada é em vão."

e Nada acontece por acaso.. tudo tem seu propósito! ;]

bj menina-do-hífen